Contagem decrescente para o III Prémio Espiga de Santo Huberto


Podia ser apenas mais um troféu. Não é, nem nunca foi e penso que nunca o será!

 Mas afinal o que tem de diferente esta iniciativa do Carlos Tiburcio Gragera e do Fernando Garcia-Moreno Esperilla
Será por ser, talvez, o maior evento de Santo Huberto que se realiza anualmente e aquele que reúne um maior numero de participantes? Ou será, tão simplesmente, aquele que faz do verdadeiro espírito, com que o Santo Huberto foi criado, o seu credo? Voto no último!


Ser convidado para fazer parte deste evento é, já de si, um privilégio. Este ano seremos 72 concorrentes, sendo que a "lista de espera" para obter um convite é o dobro. Arrisco-me a afirmar que esta é a prova de maior impacto na península Ibérica. 

Todas as regiões autónomas de Espanha estarão representadas, assim como Portugal. Porventura, nem sequer seremos sempre os melhores, mas seremos, com certeza, alguns daqueles que mais sabem "estar".




O regulamento das provas de Santo Huberto é claro. Estas servem para promover o espírito desportivo do caçador, formá-lo na correcta prática do acto cinegético, tendo em consideração os aspectos técnicos, legais e cívicos, a função e utilização do cão de parar, num quadro de respeito pela natureza e pela ecologia. Afinal, aquilo que deverá ser sempre um acto da caça.
Neste troféu, o espírito desportivo é a pedra de toque. Quem quiser vencer a todo o custo, ou de qualquer maneira, não tem lugar nos seus  convidados. É por isso que todos os anos este é uma verdadeira festa dos amantes da modalidade.





Tenho o privilégio de estar presente pela quarta vez. Apesar desta ser a terceira edição dos Prémios Espiga, existiu um troféu anterior e que serviu de precursor, que se chamou Copa dos Maestros.




Não se trata apenas de uma prova, uma vez que tem um programa social de grande interesse cultural e turístico, orientado sobretudo para o património estremenho.





Este ano a preparação para esta prova foi muito complicada para mim. Cães com vários problemas físicos até há duas emanas atrás, conjugado com dificuldades de arranjar terrenos de treino com as mesmas características dos das provas, não ajudaram em nada. Mas, como eu costumo dizer, aprendo mais com as adversidades, do que com as vitórias. E neste fim de semana, estar presente é, já de si, uma vitória. 

 



A manhã de manhã partimos. Levamos na bagagem um dose de esperança, duas doses de desportivismo e uma mão cheia de querer rever os amigos e fazer parte desta grande festa. 
Claro que depois irei fazer uma publicação com tudo que se passar este fim de semana. A viagem, as comidas, as dormidas, as provas, os momentos sociais, enfim... Tudo aquilo que compõe o mundo do Santo Huberto. Sim, porque o mais importante não é vencer. O mais importante é fazer parte desta grande família!