De regresso do III Prémio Espiga


Mais um ano, mais um fim de semana inesquecível! 

A convite, uma vez mais, do meu amigo Carlos Tiburcio, estive presente no III Prémio Espiga Santo Huberto. Como já referi na publicação anterior, esta é uma prova especial no panorama internacional do Santo Huberto. E é especial por várias razões. Desde logo pelo seu formato, depois pela sua dimensão e, ainda (mas talvez mais importante), pela presença do verdadeiro espírito do Santo Huberto. Desportivismo, camaradagem, respeito e paixão pelos cães de parar, são os ingredientes que fazem parte de uma receita de sucesso e que se repete ano após ano.

Saí do Porto na sexta de manhã, para fazer os 420Km que me separavam de Mérida. O caminho já era conhecido de outros anos. Ia apanhar calor e planeei uma paragem, para almoçar, a meio. O ano passado comemos em Pedrogão Grande. Foi uma forma de ajudar a economia local, após os trágicos acontecimentos que tiveram lugar na região. Este ano fui almoçar a Figueiró dos Vinhos.




Após uma volta de reconhecimento, encontrei um local à sombra para estacionar a carrinha e lá fui à procura de um restaurante. Só precisei de andar 50 metros...
Casa dos Leitões. Vamos a isso!





À entrada fiquei um pouco surpreendido, pois, para além da parte do restaurante, também havia um secção de produtos para a agricultura, acessórios para cães, facas e navalhas e, até, boinas. Não há duvida que este nosso Portugal é uma caixinha de surpresas.


É caso para dizer que "dos fracos não reza a história" e, por isso, a Casa dos Leitões não facilita. Depois da barriginha cheia, pode sempre comprar uma enchada, um boné ou uma trela pró canito...

O leitão, esse, estava razoável e atendendo ao preço da refeição (8.50€ tudo incluído, bebida e até o café), não há lugar para queixumes. Vamos embora, porque ainda falta "esfolar o rabo", quero com isto dizer, ainda falta a pior parte.




Cheguei a La Garrovilla à 17.00h locais. O hotel rural Cerro Principe, tinha sido previamente reservado pela organização da prova e estava incluído no valor da inscrição.
Foi uma agradável surpresa.




 Logo à entrada é fácil compreender que os proprietários são amantes do Jazz... A decoração, toda a envolvência e até o nome dos quartos, não engana.




O fino gosto é repercutido por toda a casa. Sou suspeito, pois sou um amante deste tipo musical, mas a viagem da recepção até ao quarto foi uma viagem pela música Jazz e as suas lendas.

Instalado e banho tomado, vamos para a gala/cerimónia de abertura. A finca El Toril espera por nós.
Todos os anos o Carlos Tiburcio e o Fernando Esprilla habituaram-nos a grandes surpresas. Este ano não foi excepção.


O programa desportivo da prova era ousado. Nada mais, nada menos, do que 72 participantes! Mas o programa social não lhe ficava atrás. Começamos pela cerimónia de abertura, onde, para além da vertente gastronómica, havia também uma apresentação musical a cargo de Kini Giménez, um conhecido saxofonista estremenho que, acompanhado pelo Antonio Lopez, nos proporcionou belos momentos de jazz através de alguns temas clássicos.






Depois... depois foi a degustação de alguns dos melhores produtos da Extremadura. Falar desta região espanhola é falar de presunto. Meu Deus, e que presunto...






A gastronomia gourmet esteve presente, pelas mãos do Chefe Francisco Gonzalez Lozano. Ele, também, praticante de Santo Huberto.






 A noite continuou animada, seguindo-se o sorteio dos dorsais.
Série D, 7. 
 Agora vamos descansar, porque amanhã a concentração é às 7.00H.


A logística desta prova é exemplar. Não há pontos mortos, os horários são cumpridos escrupulosamente e não há margem para erros. São 12 campos e a concentração e ficamos todos juntos. Quer isto dizer que é necessário um verdadeiro comboio de transferes para levar os concorrentes aos seus campos e todos saindo do mesmo local. Só quem está lá pode ter a noção da articulação necessária para não haver falhas, ou atrasos.

Durante a prova houve ainda espaço para uma viagem de balão. Os acompanhantes (e não só), puderam fazer um pequeno baptismo de voo. 


 
 Às 14.00h estavam terminadas as provas. Agora é tempo de almoço, convívio e ver os amigos. Muitos só nos revemos neste dia. São amigos de longa data, amigos do facebook e/ou tão simplesmente novos amigos. 

A festa é grande. A animação quase consegue disfarçar um certo nervosismo daqueles que acham que podem estar presentes na barrage final. Lembro que, de cada série, passarão 2 concorrentes para a barrage.
 

 Comitiva portuguesa: Rui Bonito, Luís Delgado, Domingos Carloto e Luis Figueiredo





À hora marcada (17.00h) começou a barrage. Quem ganhou não será mais importante do tudo aquilo que passou durante o fim de semana. O verdadeiro vencedor será sempre o Santo Huberto.
Tivemos um português presente na barrage, o Luis Figueiredo. Pela minha parte consegui um 4º lugar na série, com a Dolly e a Diva.




O dia terminou tão tranquilo com havia começado.

Gloria aos vencedores e parabéns aos vencidos.
1° Antxon Sanchez, P.I.m.
2° José Antonio Perez, S.I.h.
Jose Antonio Colias , H.B.h.





 Obrigado Carlos e Fernando. Mais um ano, mais um fim de semana inesquecível.

Um forte abraço.
RB